sábado, 10 de março de 2012

Inclusão/exclusão: Duas faces da mesma moeda Márcia Lise Lunardi



http://www.pedagobrasil.com.br/educacaoespecial/inclusaoexclusao.htm
http://www.youtube.com/watch?v=i0depaIKNW0&feature=related

Como professor usuário da língua de sinais brasileira, como ouvinte que convive com pessoas surdas no trabalho e entre amigos desde a infância, chego a seguinte conclusão após a leitura desse artigo:

Durante a leitura desse texto, por vezes nos achamos encurralados em um jogo dialético que questiona o 
a estrutura educacional da qual somos parte. Quando entendemos as redes de poder  (Foucaut) , vemos a necessidade de encararmos nossos alunos, ou qualquer que for o ser humano, como ser que ora é colonizado e ora é colonizador. Por vezes, o professor de pessoas com deficiências se deixa levar por sentimentos negativos que não consegue promover nem orientar seus alunos na conquista da autonomia e da formação social, antes, superprotege e inibi o processo de maturação desses alunos.


Todos nós sabemos que a educação é necessária para a vida de qualquer membro de nossa sociedade, pois é nesse processo educativo que desenvolvemos a nossa autonomia como cidadãos . Não há dúvidas de que todos precisam ter esse direito garantido, independente de gênero, raça, credo ou língua. No Brasil, há grupos sociais de pessoas surdas que são chamados de comunidades surdas. As pessoas que fazem parte desse grupo são usuárias de uma língua diferente do português. Os surdos usam a língua de sinais como principal forma de comunicação. Esse idioma, diferente das línguas que usam o canal oral auditivo como a principal forma de interlocução, utiliza a visualização e as sinalizações corporais, faciais e manuais para fazer comunicação. E essa ocorre por uma estrutura gramatical própria, que rege e dispõe um conjunto de signos, dessa forma se a Libras apresenta-se com uma identidade de língua.   Já a língua portuguesa tem a sua representação gráfica associada à modalidade oral. Primeiro aprendemos a falar e depois aprendemos a escrever o que falamos. Mas para aprendermos a falar, dependemos da audição. Os professores que têm alunos surdos em salas de aula inclusiva percebem imediatamente a dificuldade que esses alunos apresentam em produzir textos de qualquer gênero. Esse choque ocorre pela falta de informação da parte dos professores. De fato, quando entendemos as peculiaridades de nossos alunos, obtemos melhores resultados com nosso trabalho docente.

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